sábado, 2 de outubro de 2010

que assim e ainda nos acrescentem















© Elisabeth Gustafson


. algures por aí deve existir um deus disfarçado de deslumbre. uma força a tremer por entre ravinas e vales objectos e neves. como se imóvel na contemplação dos raios e das tempestades fosse mais que um invisível olhar sobre a luz e a sombra. algo ou alguém que nos respira e cativa como música ou água debaixo deste céu onde somos batentes de uma janela devassada.
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algures no fim dos dias alguém nos segura. seja fio de prumo ou acerto com o sol. um corpo a comandar fulgurâncias e desvelos. espelhos vagabundos a serem mais diversos que os gestos.
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e se no intervalo o eterno é raso arraso-me. faço-me um pouco mais ao dia. que alguém não me quer ainda de cinzas. como se as palavras por dizer ainda estivessem anoitecidas. ainda.
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. que assim entenda a errante subversão de uma alegria. que assim seja o corpo dilacerado de luz e espanto na curva do fogo mais puro. que assim nos falem sem feridas nem dissipação. que assim e ainda nos acrescentem
a inesquecível incandescência do luminoso. ainda existe o original momento de ser outra vez a vez do fulgor. ainda.
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2 comentários:

  1. Nao tem nem o que dizer, muito bonito!
    Precisei ler duas vezes pra entender bem, pq eu sou lenta (pra nao dizer burra..rs), mas eh mto lindo msm.

    Bjos

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  2. Me, preciso falar-lhe : )
    Vi aquela postagem da qual ontem comentou rs...
    Quanta arrogância srrrrrrrr !!!
    Imagine se isso vira moda ????
    kkkkkkk... Affffff !!!

    * Amei a postagem belinha !!!
    bjksssss

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