sábado, 8 de maio de 2010
atravessarei o portão desconhecido
Um dia talvez faça sentido a tua fuga urgente e fria
pela calada do silêncio.
Só então perdoarei o tempo
pela dor de não te ter tido
nem ter sabido de cor.
Podias ter sido um barco
a navegar no mesmo ritmo das ondas,
mas não. Quiseste ser vento contrário...
Mas tudo tem duas faces.
A tristeza é só a outra face da alegria
tal como a morte é só a outra face da vida.
Este amor tem duas faces: nós...
e nós somos apenas tu e eu,
o desencontro na volta lenta da vida
o reencontro além do tempo.
Logo chegará o dia
em que o teu espaço será o meu espaço
e o teu tempo será o meu tempo
e jamais haverá sinais a apontar destinos
proibidos.
Seremos apenas nós,
com a certeza de um amor sobrevivente
na memória longínqua do olhar.
E será pelo olhar que nos reconheceremos...
Hoje eu sei que não vou morrer por não te ter,
porque um dia
atravessarei o portão desconhecido
e, ainda que tu não saibas,
levar-te-ei comigo...
e se não posso ter-te aqui,
ter-te-ei além
onde os barcos navegam sem vento...
ainda que não te tenha nunca...
Fiest - The Limit to your Love
Assinar:
Postar comentários (Atom)
OLá Querida Me,
ResponderExcluirBelíssimo este poema, no qual me revejo...mas é muito triste...
«se não posso ter-te aqui,
ter-te-ei além
onde os barcos navegam sem vento...
ainda que não te tenha nunca...»
Gostei imenso da música, tudo muito sintonizante.
Beijinhos,
Manú
Que palavras em Me, a fuga, o portão desconhecido "ainda que não tenha nunca", como isso seria bom!
ResponderExcluirUm beijo da JU!
Meia verdades!!!
ResponderExcluirOu verdade absoluta?
O amor demonstra a verdadeira verdade entre duas pessoas...
Mas a traição demonstra a meia verdade, onde a verdade absoluta nunca existiu de fato.
Guardadas no interior de cada um, o mistério asombra o medo da verdade.
MAs se realmente as pessoas não tivessem medo, quem sabe a verdade absoluta não tornaria esse amor mais intenso e eteno.
MARCIO RJ