quinta-feira, 1 de julho de 2010
as asas dos anjos
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anna hurtig
Esta voz com que gritei às vezes
não me consola de só ter gritado às vezes.
Está dentro de mim como um remorso, ouço-a
chiar sempre que lembro a paz de segurança estulta
sob mais uma pedra tumular sem data verdadeira.
Quando acabava uma soma de silêncios,
gritava o resultado, não gritava um grito.
Esta voz, enquanto um ar de torre à beira-mar
circula entre as folhas paradas,
conduz a agonia física de recordar a ingenuidade.
Apetece-me explicar, agora, as asas dos anjos.
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Amiga, que linndo :)
ResponderExcluirSaudade de passar aqui...
Bjão lindona.
Lindo mesmo. Como tudo que você coloca aqui.
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