terça-feira, 4 de janeiro de 2011
projeto
renansa-deviantART
Quem antes de mim marcou com sua forma este
[desenho,
este plano de vida
em que respiro
e que maravilhado dimensiono?
Quem
pisou a terra que hoje me baseia,
e cuja marca o vento cegamente
baniu?
Sou esse? Aquele? O outro?
Quem me sucederá neste meu feudo
de transitória posse? Filho escuso
que desconheço e que virá na sombra
reconstruir o tempo que respiro.
Quem fala em mim, além dos meus receios,
da minha consciência intimidada?
Quem me move a cobrir, tomar de assalto
o chão da vida? - senão o proprietário
que a morte com presteza ludibria?
De olhos cerrados tanjo o ar presente
e despetalo dedos abdicados.
De olhos abertos marco a luz com tênue
risco de compaixão.
Dentro do túnel
já se esboça um gemido, e me completa.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Olá Me,
ResponderExcluirQue perguntas pertinentes do fundo da alma, que extrordinário poema! Adorei!...
Beijos,
Manuela