quinta-feira, 19 de maio de 2011
lembranças...
Sabes que já não durmo por dentro?
Fecho os olhos e afundo-me num poço sem palavras nem espaço,
continuando, sem o saberes, acordado, temendo perder-te.
E tantas vezes te perdi, tantas vezes regressei e não te encontrei,
tantas inquietamente vezes te chamei e não respondeste!
Agora, a meio da noite, escuto a tua respiração
na cama a meu lado, como se eu e tudo, a minha memória
e os meus sentidos (principalmente os meus sentidos),
fôssemos apenas um sonho de outra pessoa,
provavelmente, como poderei sabê-lo?, um sonho teu.
[nenhuma palavra e nenhuma lembrança - 5.]
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