sábado, 17 de setembro de 2011
suspenso em nada
Lisa Rouge
Não sou o que te quer. Sou o que desce
a ti, veia por veia, e se derrama
à cata de si mesmo e do que é chama
e em cinza se reúne e se arrefece.
Anoitece contigo. E me anoitece
o lume do que é findo e me reclama.
Abro as mãos no obscuro. Toco a trama
que lacuna a lacuna amor se tece.
Repousa em ti o espanto que em mim dói,
noturno. E te revolvo. E estás pousada,
pomba de pura sombra que me rói.
E mordo teu silêncio corrosivo,
chupo o que flui, amor, sei que estou vivo
e sou teu salto em mim, suspenso em nada.
[noturno]
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Me,
ResponderExcluirQue saudadeeeeeeeee desse blog lindoooo!!
To voltando aos poucos, depois da minha cirurgia, e estar aqui novamente me deixou muito, mas muito mais feliz!
Um abraço do tamanho do mundoooo!
TUDO continua e é impecável aqui!!!
Buenísimo texto… me encantaría suspenderme a veces en la nada con una esperanza… salud!
ResponderExcluirLindo, lindo,lindoooooo!!!!
ResponderExcluirsaudades danadinha...ehhhh, mto sumidinha vc :))))