quarta-feira, 14 de abril de 2010

que a solidão não seja deserta



[...]importa-me que a solidão não seja deserta, por isso fico sozinho com muitos amigos cada vez mais imaginários: a amália, a patty waters, o caetano veloso, a lisa gerrard, a diamanda galás, a billie holiday, o devendra banhart, o bosch, o william blake, o conde de lautréamont, o lars von trier, o oscar wilde, o william shakespeare, o camões, o jorge melícias, a josefa de óbidos, o mozart, o da vinci, o josé saramago, a vashti bunyan, a baby dee, o cartola, o david tibet, o ruy belo, o vitorino nemésio, a lisa santos silva, david sylvian, o samuel beckett, o rui lage, o luís miguel nava, o al berto, o jean genet, o chico buarque, o antónio lobo antunes, o ingmar bergman, o júlio saul dias, o hitchcock, o david lynch, a michelle pfeiffer, o antonio gamoneda, a nina simone, a ella fitzgerald, o mário de carvalho, o raul perez, o loius armstrong, o chet baker, o mário cláudio, o artur do cruzeiro seixas, o mário de cesariny, o lee ranaldo, a kim gordon, o mahler, o joão peste, o joão gilberto, a elizabeth frazer, o william burroughs, o franz kafka, a isabel de sá, o daniel faria, o eça de queirós, o manuel de oliveira, a agustina, o federico fellini, o pier paolo pasolini, o vítor rios, o ferreira gullar, o bach, o vergílio ferreira, a chan marshall, o rostropovich, o gould, o arvo part, a adília lopes, o josé régio, o baudelaire, o t. s. elliot, o umberto eco, o ítalo calvino, a lula pena. etc etc etc etc. [...]
se não fosse a escrita só a música me ganharia. ou a pintura. ou o cinema. o teatro. ou um projecto incrível em áfrica ou outro lugar qualquer onde pudesse salvar uma vida e entender porque sempre acreditei que entre tudo os outros são sempre o mais importante do mundo. como se deus existisse e quisesse muito que eu acreditasse nele."

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