segunda-feira, 25 de outubro de 2010

os ventos do destino



















ictenbey. deviantart


Muitas vezes observei
a figura de mármore que esculpiram para mim:
um barco ancorado com as velas recolhidas.
Não representa a minha chegada a um porto de destino,
mas a minha existência.
Pois o amor foi-me oferecido e eu fugi dos seus enganos;
o desgosto bateu-me à porta, mas eu tive medo;
a ambição chamou por mim, mas eu receei a maré.
No entanto, sempre desejei dar um sentido à minha vida.
Agora sei que devemos erguer as velas
e tomar os ventos do destino
aonde quer que conduzam o barco.
Dar um sentido à nossa vida pode terminar em loucura,
mas uma vida sem sentido é um flagelo
de desassossego e de vago desejo –
é como um barco que suspira pelo mar e não se atreve.

Um comentário:

  1. Que bonito esse texto, acho que nunca tinha visto nada parecido.
    E como eu preciso disso: me deixar levar mais.. ousar mais! quem dera se fosse simples :~

    Beijos ME!

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