terça-feira, 12 de outubro de 2010

sobre o tempo
















© Anna Hurtig


pato fu - sobre o tempo

A infância era uma vastidão de silencio,
por mais que cantassem os pássaros,
e que as tempestades rugissem entre os trovões e o vento.
Por mais que as ruas se enchessem de vozerio,
que as conversas familiares circulassem pelas mesas, pelas salas, pelos jardins.
A infância era aquela voz presa atrás de muros.
Aquela pergunta a subir no tempo.
Que só o tempo responderá.

2 comentários:

  1. [quando as tintas se soltarem da moldura, haverá um tempo que melhor se contemplará o conjunto, o quadro, a vida que antes parecia muro, depois, um vasto campo onde o tempo terá tempo para tudo semear]

    um imenso abraço,

    Leonardo B.

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