quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

do filho que eu não fui e que construo















hazargoksel


Passeio com meu filho pelo mundo
e é pouco para amá-lo este percurso.
Toco seus olhos de cristal escuro
e ele me vê robô, cavalo, urso.
Ele me vê raiz, me desafia,
briga e ama num elo conseqüente
com tudo os que é real, e me anuncia.


Passeio com meu filho à luz do dia,
e a luz fecunda a noite que nos une
num sonho latejante de silêncio.
Concentro-me de amá-lo com a uma
guarda a alucinação de seu perfume,
e penso, piso a terra, restituo
em dom de amar a amarga antecedência
do filho que eu não fui e que construo.

[seja bem vinda maria clara!...]

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