sábado, 26 de março de 2011

da noite





















nusunt
deviantART




Dentro da noite
o rosto se recolhe.
Dentro da noite
o corpo se assume.
Dentro da noite irmã.
Dentro do imã da noite.
Dentro do imo da noite anônima
onde o precário
palpita nas taquaras.

Noite do corpo
não da imagem do corpo.
Do corpo exposto às tatuagens de viver,
ao sereno
e às quimeras
e à sala do reconhecimento.

Noite de sempre, noite de nunca,
da sempritude,
noite verbal.
Noite passada a limpo,
noite passada a sujo.
Noite de fibras,
noite de febres.

Noite verbal, vertebral,
pano de fundo de selvas frutas
suaves seios,
noite fracionada, friccionada ao longo
do desejo de infinita face.

Nenhum comentário:

Postar um comentário