quarta-feira, 28 de setembro de 2011

na procura de um eu imaginário

















utopic-man-deviantART


Nosso amor se mutila

a cada instante. A cada

instante agonizamos

ou agoniza alguém

sob o carinho nosso.

Ah, libertar-se, lá

onde as almas se espelhem

na mesma frigidez

do seu retrato, plenas!

É sonho, sonho. Ilhados,

pendentes, circunstantes,

na fome e na procura

de um eu imaginário

e que, sendo outro, se aplaque

todo este ser em ser,

adoramos aquilo

que é a nossa perda. E morte

e evasão e vigília

e negação do ser

com dissolver-se em outro

transmutam-se em moeda

e resgate do eterno.

[nova reunião]

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