quinta-feira, 13 de outubro de 2011

como o trigo entende o vento

























por ti deitei o meu corpo ao mar
sem cuidar que a maré me esquecesse
por ti aprendi como as coisas se tocam
como o trigo entende o vento e a terra
...como amanhecem as crianças sobre as mães

por ti no sobressalto dos vales
entre sossegos mudos e noites espessas
por ti toquei a gravidez das nuvens
toquei os filhos semeados no inverno
...toquei a mulher que espanta o frio

e imaginei que me ouvisses na distância
que me lembrasses a meio do mês branco
quando nos campos as pétalas escrevem
o teu nome a mão anuncia a ternura
...que é quando os meus olhos procuram os teus


[um mover de mão – invocação]

Um comentário:

  1. Postagens maravilhosas Me!!!
    Hj tirei o atraso por aqui rs...
    Amo-te mto mto!

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