sábado, 22 de janeiro de 2011

velhos sinais...


















Nas mãos trago
velhos sinais
são minhas mãos de agora
não as de antes

dou o que posso
e não tenho vergonha
do sentimento

se os sonos e sonhos
são como ritos
o primeiro que volta
sempre é o mesmo

vencendo muros
se elevam na tarde
teus pés despidos

o acaso nos oferece
sua via dupla
tu com tuas solidões
eu com as minhas

e de qualquer jeito
se vivo na tua memória
não estarei só

teus olhares insones
não se dão conta
de onde ficou tua lua
a dos olhos claros

me olha logo
antes que um descuido
me torne outro

não importa que a paisagem
mude ou se quebre
me basta com teus vales
e com tua boca

não me deslumbres
me basta com o céu
do costume

nas minhas mãos te trago
velhos sinais
são minhas mãos de agora
não as de antes

dou o que posso
e não tenho vergonha
do sentimento.

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