domingo, 17 de outubro de 2010

paraíso



















© george
gradinaru




Ela é inteiramente o que comtempla:
não a flor, mas o espaço fora
das coisas.
Nessa liberdade
sua pequena mão contorna desenhos
que nem a minha lucidez
alcança.

Não quero indagar se faz sentido,
nem a chamo para o cotidiano:
nada que eu lhe possa mostrar
vale o seu olhar
de agora.


[para minha filha Julia com muito amor...]

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